Amo odiar você.

Ódio palavra pequena de um peso gigantesco, o mau me faz pequeno, mas odiar você me faz grande, sou tolo por não querer te amar, tua beleza, teus cabelos, teu cheiro, tua pele, tua ingenuidade me faz mal.

Na tua presença me sinto um nada, quando observo seu caminhar, chega a me tirar o ar. Amo o que sentir por você, pois cada dia me torno um ser mais capaz de te odiar. Faço de tudo para te destruir, não existe remorso, arrependimento, piedade. O que está preso dentro de meu peito me faz bem, me traz de volta a vida, me devolve a vitória do existir, amo te odiar. Ah como gosto desse sentimento, me faz bem, fico feliz só em pensar no próximo passo para alimentar meu ódio por você.

Mesmo você não merecendo tal ódio, pessoa pura de coração nobre, com uma beleza que me causa repudio, tão certinha, correta, bela, provocante, sensual, faceira, tudo em você me provoca ódio.

Porque? Porque?... Tanto ódio, que destrói, atrapalha, maltrata, pisa, deixa rastro de destruição por onde passa, mesmo sabendo de tudo isso, luto em deixar para traz, mas não consigo desprender as amarras, o nó esta cego, o destino esta selado, traçado e determinado, não vejo saída, amo odiar você.

O tempo passa, mas tal sentimento não me deixa, não consigo me libertar, nem arrancar as magoas que estão dentro de meu coração, uma nuvem negra contorna a noite profunda de meu viver.

Não! Não! Não quero passar a vida na escuridão, quero me libertar, luto com todas as força, mas nada posso fazer, só me resta amar o que faço para você. Com todas as força de meu coração. Sem arrependimento, sem culpa amo odiar você.